PARLAMENTO DOS JOVENS ENSINO BÁSICO
SESSÃO NACIONAL – 15 junho
O Parlamento de Jovens do Ensino Básico é um projeto emanado da Assembleia da República e dinamizado na Escola por um grupo de quatro professoras. É sem dúvida um projeto ao qual todos os jovens “políticos “e cidadãos conscientes e responsáveis ambicionam pertencer de forma ativa. É, pois, com grande orgulho e honra que podemos afirmar que fizemos parte do mesmo, da sua 25.ª edição, 2019-2021: 1.ªfase, Sessão Escolar; 2.ª, Sessão Distrital e 3.ª fase, Sessão Nacional. Após a Sessão Escolar, em janeiro 2020, o projeto foi suspenso devido à pandemia Covid-19. Daí só ter terminado agora. Por este facto, o mesmo exigiu muito de nós. Mas nunca desistimos e abraçamos cada etapa com mais força e determinação.
Os motivos que nos levaram a abraçar esta 25.ª edição do Parlamento dos Jovens foram diferentes: eu, o Mathias, já tinha participado na edição anterior e havia chegado à Sessão Distrital. Assim, foi sem hesitação que decidi envolver-me novamente neste projeto e desta vez, fruto da experiência adquirida, tentar chegar à Sessão Nacional. Seria a 1.ª vez que a nossa Escola o conseguiria.
Relativamente, a mim, Matheus, participei pela primeira vez e por incentivo da minha professora de Físico-Química.
Formámos listas, fizemos campanha, fomos eleitos para a Sessão Escolar. Nesta foi eleita a equipa e selecionadas as medidas a levar à Sessão Distrital. Os trabalhos decorreram nos moldes do que acontece na Assembleia da República (trabalho em Plenário, nas Comissões e novamente em Plenário). Foi um trabalho intenso e desafiante. O tema em cima da mesa era “A violência doméstica e no namoro”.
Na Sessão Distrital (on-line) empenhamo-nos muito, formamos uma dupla imbatível, conseguindo de modo aguerrido e sustentado defender as nossas ideias. Falamos do número elevado de vítimas mortais do flagelo da violência doméstica. Mostramos que, ali, não devíamos lutar uns contra os outros enquanto deputados, mas antes devíamos unir esforços e lutar em conjunto pelo combate do grave problema em discussão. Sugerimos, até, um
minuto de silêncio pelas vítimas. Fomos tão sinceros e persuasivos que acabamos por levar os deputados das outras escolas a votarem em nós, deste modo, conseguimos o nosso objetivo: estar presentes na Sessão Nacional para defender as propostas do Círculo Eleitoral do Distrito de Braga. Duas das três medidas do Projeto de Recomendação do Distrito à referida Sessão Nacional também eram nossas. Foi uma dupla vitória da Escola Básica de
Gualtar.
Na Sessão Nacional, realizada no dia 15 de junho, em Ermesinde, envolvemo-nos da mesma forma que o tinhas feito até aí. Contudo, sentimos a responsabilidade que tínhamos sobre os nossos ombros. Quem é que antes de um grande embate não ficou ansioso e sem dormir? Contando os minutos e vendo que as horas nunca mais passavam? Então, compreende-nos, e sabe como nos sentimos na noite anterior à grande Final! Finalmente, o grande dia chegou.
Saímos de Braga pelas 8h e chegamos perto da hora do jantar. Deslocamo-nos de táxi e fomos muito bem acompanhados pela professora coordenadora do projeto, Margarida Alves, o nosso braço direito nesta aventura. Salientamos, globalmente, que esta Sessão Nacional estava muito bem organizada, seguiu todas as normas de segurança sanitária, acolheu muito bem os participantes. Deram-nos um “kit” com presentes que jamais esqueceremos e lanche.
A Sessão decorreu nos moldes das anteriores. Defendemos as cores do Distrito com muita garra e determinação. Foram horas e mais horas de árduo trabalho. Foram defendidas, analisadas as várias medidas, foram feitas adaptações, novas edições e muito mais houve naquela sala… No final, o Projeto de Recomendação Nacional ficou pronto e do mesmo constaram duas medidas inicialmente defendidas pelo Círculo do Distrito de Braga que
originalmente haviam sido propostas pela equipa da Escola Básica de Gualtar. As nossas medidas, as palavras que proferimos ficaram registadas na ata desta Sessão memorável!
É um sentimento forte e indiscritível aquele que nos domina ao pensar que, nos próximos anos, pode haver uma pessoa a menos a morrer, fruto desta nossa luta, deste nosso dedo na ferida! Um “dedo” de Braga, um “dedo” nosso, meu e teu.
Esta experiência foi para nós inesquecível através da qual aprendemos muito e conhecemos pessoas novas, uma das inúmeras vantagens deste projeto. Nunca esqueceremos a nossa participação nesta fantástica iniciativa.
Aproveitamos para deixar uma palavra de grande apreço às professoras envolvidas, Lurdes Barreira, Margarida Fernandes, Margarida Alves e Mafalda Silva.
Matheus Fernandes e Mathias Ferreira